Pular para o conteúdo principal

I Samuel 22 - Estágio da caverna

Israel vivia um novo tempo, agora sob o regime monárquico. Mas Saul, o benjamita escolhido por DEUS para reinar sobre seu povo, estava deixando a desejar como chefe, pois não era submisso integralmente às ordenanças do Senhor. O episódio da peleja contra Amaleque revelara um Saul "auto-suficiente", que se considera no direito de "adaptar a vontade do Deus Todo-Poderoso" a seu gosto. 

Então, o Senhor manda o profeta Samuel ungir um novo rei: o jovem pastor, Davi. O menino se destaca na peleja contra os filisteus, enfrentando sozinho o gigante Golias. Mas, obviamente, desperta a ira de seu antecessor. Afinal, Davi conquistara também a simpatia e a amizade de Jonatas, filho de Saul.

Davi "foge". Se antes víamos a imagem de um pastor que dava a vida pelas ovelhas, matando leões e ursos, agora o jovem se vê encurralado. De maneira alguma o caçula de Jessé era covarde. Se esconder na caverna foi um recurso para evitar confronto com um ungido de Deus, Saul.

Em Adulão, Davi se abriga do inimigo.Em um lugar escuro, apertado, sem nenhum conforto ou tipo de recurso, talvez o jovem poderia ter se entristecido ou desanimado de tal forma a não aceitar ou desistir do seu chamado. Mas a verdade é que ali serviria como um "retiro espiritual" ou mesmo um clínica divina.

A Bíblia diz que, correndo a notícia de que Davi estava na caverna, foram ter com ele uns quatrocentos homens endividados, amargurados de espírito, ou seja, homens "problemáticos", "em crise". O novo rei de Israel se tornou chefe deles. Mas que vantagem ser líder de homens naquela situação? 


Davi foi um exemplo, um guia para aqueles que estavam em apuros. Através da vida daquele jovem, ungido e abençoado pelo Senhor, a benção também chegaria para seus subordinados. 


É assim que o Senhor faz - transforma o nada em tudo, o impossível em possível. Da caverna Davi saiu para reinar sobre Israel e assumir muitas outras pelejas. E aqueles homens totalmente desacreditados, desesperançosos, se tornaram um poderoso exército. Se você está vivendo no aperto da caverna, não murmure: continue crendo que o Pai a seu tempo te exaltará.
                           

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

2 Reis 6 - Geazi e a cegueira espiritual

A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a PROVA DAS COISAS QUE NÃO SE VEM. As palavras de Hebreus 11:1 nos revelam que confiar em Deus é ir além do que a visão humana pode alcançar. É acreditar naquilo que nossos olhos não enxergam.  Pois bem, em 2 Reis 6 narra-se um episódio em que o profeta Eliseu e seu moço estavam encurralados. Ben-Hadade, rei da Síria,  havia cercado a cidade de Samaria com seu exército.  Esse rei fazia guerra a Israel, porém Deus dava livramento ao povo através de Eliseu, revelando a ele as estratégias de Ben-Hadade (2 Rs 6:9,10).  Diz a Palavra que o exército sírio cerca a cidade durante a noite. Às escuras, às escondidas, como todo inimigo faz. Assim é o nosso adversário, vem traiçoeiramente tentar nos afligir. Na manhã seguinte,  o moço levanta muito cedo e avista os carros e cavalos cercando a cidade. Imagine o desespero daquele rapaz! Um grande e poderoso exército ao seu redor, sem possibilidade de escape....

Isaías 39 - O inimigo bate à porta

Formar vínculos de amizade é algo bom e agradável. Mas há que tomar cuidado com aqueles que, aparentemente "inofensivos", vêm bater na nossa porta. Essa precaução transcende a vida social. No âmbito espiritual, nós cristãos precisamos estar atentos aos INVASORES, cujo objetivo principal é desestruturar a nossa casa. O rei Ezequias de Judá era um homem temente a Deus, que andava retamente diante do Senhor. Ele já havia vivido um grande livramento de morte, pois Deus lhe acrescentara 15 anos de vida. Também, no reinado do filho de Acaz, o reino de Judá se viu livre da dominação assíria, pois Deus destruíra o exército de Senaqueribe. Agora, o rei gozava dias de paz prometidos e garantidos pelo Senhor. Mas eis que Ezequias recebe uma "ilustre" visita. O rei da Babilônia, Merodaque- Baladã, envia uma comitiva ao encontro do rei de Judá com cartas e um presente, porque havia ouvido que ele estivera doente. Um ato aparentemente normal, e até louvável. Ezequias...

2 Samuel 6 - Mical e sua visão deturpada

A Bíblia nos conta a respeito de uma grande conquista do povo de Israel, quando era governado por Davi. A Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus, estava retornando para sua terra depois de muito tempo nas mãos de inimigos. A Arca era um objeto sagrado: não podia ser tocada, tão somente carregada por meio de suas varas. Uzá, filho do sacerdote Abinadabe, havia sido fulminado ao tentar segurá-la. Mas finalmente a Arca do Senhor estava de volta à Jerusalém. Imagine só a felicidade dos israelitas, em especial a do rei! A "presença de Deus" foi recebida com gritos de alegria e som de trombeta. Davi dançava perante o Senhor, com toda sua força (v.14). Davi, em toda sua alegria, dançando e sacrificando ao Senhor, jamais pensaria que havia alguém o observando com olhar de censura. A sua esposa Mical, filha de Saul, olhava da janela e desprezava a atitude de seu rei. Já se pode presumir aí o porquê da insatisfação de Mical: ela não achava aquela atitude "digna de um...