O capítulo em questão do livro do profeta Jeremias se passa num cenário de cativeiro, vivido pelo povo de Judá, o povo de Deus. A disciplina do Senhor , que tanto fora profetizada por Jeremias, havia chegado, de fato. 70 anos era o tempo que Deus havia determinado para tratar com Seu povo naquela terra estranha. Judá havia se corrompido de tal maneira, que seria necessário o Senhor tem um encontro com Seu povo, a fim de o corrigir, "o purificar".
Os versos do presente capítulo nos dão detalhes de uma carta, enviada pelo próprio profeta de Anatote, aos cativos de Judá. É bom destacarmos que Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia levado para sua terra a corte judaica, bem como os anciãos e profetas, porém havia ainda um povo deixado na terra subjugada por Babilônia, que agora era "governada" por Zedequias. Zedequias era tio de Joaquim, rei anterior, levado cativo, e vivia um governo "de fachada", pois na verdade era Nabucodonosor quem dava as ordens.
Por mais que não tivesse dado crédito à Palavra de Deus, profetizada por Jeremias, agora o povo de Deus sentia na pele a correção do Todo Poderoso. Mesmo assim, experimentando da fidelidade do Eterno para com Sua Palavra, o povo ainda desejava e ansiava sobre aquilo que o Senhor não havia determinado (v.8,9). O que se via era que os cativos se "apegavam a esperanças falsas", profecias que não vinham do céu, mas de seus próprios corações e vontades. Quantas vezes nos apegamos ao que o nosso coração almeja, e - nem que seja por um momento - nos esquecemos da vontade soberana de Deus?
Deus havia determinado o tempo, e mesmo assim o povo estava imaginando que seria diferente. Jeremias é corretíssimo ao dizer que o coração é enganoso (Jr 17: 9a). As emoções, muitas vezes, nos tiram a visão real da situação ao nosso redor. O Senhor havia dado ordem ao povo para crescer e multiplicar naquela terra, e , mais do que isso, pediu que o povo procurasse a paz da cidade e orasse por ela (v. 5, 6 e 7). O trabalhar do Senhor é maravilhoso e perfeito! Deus iria abençoar, não só o Seu povo, mas também aquela terra iníqua - através da correção dada a Judá.
"Filho meu, não desprezes a disciplina do SENHOR, nem te sintas magoado ; Porquanto o SENHOR corrige a quem ama, da mesma forma que o pai repreende" (Provérbios 3:11,12). As palavras destes versos se encaixam perfeitamente na história de Judá - e na nossa história também, dia a dia, caminhando com Deus. Prova disso é que Deus promete cumprir Sua palavra e fazer o povo voltar à Sua terra natal (v.10). O Senhor também fala de um futuro de mudança, de um estreitamento de vínculo entre o Pai e Seus filhos, a saber, o Senhor Jeová e Seu povo. O Senhor promete ouvir (v.12) e mudar a sorte (v.14).
Mas o que fazer com uma geração que quer as coisas para já? Que não quer passar por correção? Que quer voltar à Terra Prometida, sem passar por Babilônia? "Seja feita Tua vontade", essa tem que ser nossa oração, constantemente. " Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito..." (v.11a). É Deus que sabe o que é melhor para nossas vidas. Nós traçamos planos, pensamos, calculamos, imaginamos, mas o Senhor é quem executa, e tudo está sob Seu controle.
Servimos a um Deus que nos consola, quando estamos afligidos, e mesmo afligidos por Ele: "..porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre". ( Sl 106:1a). Precisamos ter também em mente que NÓS procuramos a disciplina do Senhor com nossas próprias mãos, ao darmos ouvido às nossas convicções, ao deixarmos de agir segundo Sua direção. Que possamos proceder, sempre, segundo a ordem divina. E , se falharmos - e falharemos em algum momento, pois estamos sujeitos -, que possamos aceitar o conselho e a correção do Senhor, que sempre, entenda, SEMPRE será para o nosso bem.
Lembre-se que o que está em jogo é algo mui precioso: a SUA ALMA. E em todo tempo, seja em cativeiro ou em liberdade, o Pai estará conosco! Aleluia!
Exelente palvaras, guardarei na tabua do meu coração pra não pecar contra o criador 😊
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